O maior parque da cidade tem 1.584 km², recebe 20 mil pessoas por dia de semana e até 200 mil em um final de semana. A razão para números tão altos é simples: o Parque do Ibirapuera é muito mais do que uma grande área verde no meio de uma metrópole cinza. Além da natureza, das pistas de caminhada, ciclovias e quadras esportivas, o parque também é espaço para quem não quer saber de malhar, e prefere visitar exposições, ir a shows, conversar, namorar, pegar sol, fazer piquenique… (tipo esse povo feliz aí embaixo)

Por isso, é impossível fazer um post que aborde todos os aspectos do Ibirapuera. Achei mais fácil dividir em curtas, pequenos textos sobre algumas das coisas que eu mais gosto no parque que frequento desde criancinha.
1. O bicicletário

Antigamente era mais legal: o Maisena, que tinha esse apelido porque era o negão mais negão do parque, era um cara gente finíssima. Ele alugou bicicletas lá dentro por 34 anos, era ultra-gago e nunca brigou comigo por quebrar bicicletas alugadas (hehe). Agora, o parque resolveu organizar as coisas e as duas empresas que alugam bicicletas ali ficam no mesmo lugar, o bicicletário-coxinha do portão 3 (aquele perto do antigo Detran). Pode não ser tão simpático quanto antes, mas admito que as bicicletas estão melhores. O bicicletário fica aberto todos os dias, das 7h às 20h (último aluguel às 19h), e cobra R$ 5 a hora. Se quiser ficar por muito tempo, dá pra negociar o preço. Para alugar, é preciso fazer um cadastro – leve RG e comprovante de residência na primeira vez.
2. O Viveiro Manequinho Lopes e os arredores

Óh, são tantos perfumes, tantas texturas, tantas borboletas! Ok, você não precisa ser uma Pollyanna para adorar o Manequinho Lopes, basta curtir flores, ervas cheirosinhas, plantas exóticas e ter aquela curiosidade de ver o pessoal pondo a mão na massa e cuidando do viveiro. Fica aberto das 7h às 18h.

A entrada ao viveiro fica aos fundos de uma praçona, que tem muitas coisas legais. Lá fica a serraria, estrutura gigante com chão de concreto muito usada por turmas de yoga, tai chi e outras práticas corporais. Do ladinho fica o Bosque da Leitura, que conta com diversos banquinhos de madeira sob a copa de árvores, pra você ler tranquilo sem cachorro ou criança perseguindo bolinha por perto. A Praça Burle Marx fica ali também, com um banco circular de madeira com pergolado e um canteiro lindo. A entrada pra esse cantinho especial do parque se dá por meio de um caminho de bambus altos que parte direto da pista principal.
3. As intervenções urbanas

Se você pirou com os orelhões estilosos da Av. Paulista, precisa frequentar mais o Ibirapuera. O parque sempre recebe exposições e obras itinerantes, e atualmente está instalada lá uma das mais legais que já vi: um labirinto de 400m² feito com 60 toneladas de materiais recicláveis, instalado na Praça da Paz. O maior labirinto de lixo reciclável do mundo conta com duas saídas e alguns espelhos de acrílico no meio, para confundir os aventureiros (não me julguem, mas demorei uns bons 15 minutos para a achar a saída haha). Os frescos vão falar “eca!”, mas acredite, é muito legal – e são justamente os frescos que estão precisando ficar cara a cara com o lixo que a gente produz. O labirinto deve virar formigueiro nos finais de semana, mas se você tiver como ir lá durante a semana, vá. Fica até 10 de junho.

Queria falar também sobre a Oca, o Planetário, o MAM e o Museu Afro Brasil, mas vamos deixar as artes pra próxima, né? Vou só aproveitar a data e dar o recado: a Oca prorrogou o encerramento da ótima Let’s Rock, a maior exposição sobre rock da América Latina. Ela acabaria no final de semana passado, mas agora fica até o dia 3 de junho, próximo domingo. Esses últimos dias contarão com shows e atividades especiais – como o dia do Kiss no sábado, com show, documentários e maquiador para crianças. Imperdível.
Só uma correção: 3 de junho, não maio :). Adorei os curtas, o Ibirapuera é um parque eu visito quase nunca, mas depois de ver sobre esse Bosque da Leitura decidi que tenho que frequentar mais!
Verdade! Corrigido 🙂
Tem que ir sim, o Ibirapuera é meu prozac! haha