Vou começar a série sobre San Francisco no blog com o passeio mais uau que já fiz na cidade: atravessar a Golden Gate Bridge de bicicleta! É dessas experiências que a gente lembra pro resto da vida e, se você tem alguma familiaridade com bikes, recomendo demais que você o faça!
Ao contrário do que se espera de San Francisco, o percurso mais tradicional não tem muitas ladeiras. Você aluga a bike já próximo a algum pier (nós alugamos na Blazing Saddles da Hyde Street, próxima ao Museu Marítimo) e pedala margeando a baía até chegar à ponte. A bicicleta normal custa cerca de US$ 30 pro dia todo e há também a opção de alugar uma bike elétrica, a um custo aproximado de US$ 70.
A rota de bicicleta
O próprio local de aluguel da bike dá algumas orientações, mapa e te ajuda a se localizar, mas sempre ajuda ter internet no celular pra consultar o Google Maps eventualmente. De qualquer forma, não há muito erro: a grande maioria dos turistas que pedala pela orla faz o mesmo caminho: atravessam a Golden Gate e encerram o passeio em Sausalito, onde há boas opções de restaurantes e o ferry que leva direto ao Ferry Building – já bem próximos das bike rentals.
Segundo o Google, o percurso tem 13km e levaria 49 minutos direto. Tranquilo, certo? Acontece que você vai parar bastante no caminho pra aproveitar as vistas panorâmicas da Golgen Gate Bridge e de Alcatraz. Um dos meus lugares favoritos pra fotografar a ponte é o Fort Point, um pouco antes de atravessar. O forte fica bem aos pés da ponte e costuma ser point de surfe, o que rende muitas fotos legais.
Ah, um pouco antes de chegar a Fort Point, na orla mesmo, há uma área com lanchonete e banheiros públicos. Aproveite pra comprar uma água e retomar o percurso pronto pra travessia!
Atravessando a Golden Gate Bridge
A travessia em si foi a parte mais desafiadora pra mim. Isso porque sou um pouco ruim de bike (hahaha) e há alguns trechos bem estreitos, que você se vê obrigado a compartilhar com ciclistas experientes e apressados. Não pode dar mole! Por sorte, há alguns recuos ao longo do caminho, onde você pode fazer aquela paradinha pra foto e se preparar (psicologicamente?) pra continuar. Mas eu falo tudo isso pra dar um alento pra quem, como eu, não tem o hábito de andar de bicicleta. Dá uma assustadinha no começo mas, se eu consegui, você consegue também.
O tempo que leva para atravessar a Golden Gate Bridge de bicicleta depende de você. A ponte em si tem pouco menos de 3km, então indo direto você levaria uns 15 minutos facilmente. Mas eu recomendo ir com calma (sem atrapalhar os ciclistas – ou seja, apertando o passo nas partes que eles não conseguem ultrapassar) e aproveitar a paisagem. A ciclovia fica no lado oposto aos pedestres, então se você já atravessou a ponte a pé, terá uma perspectiva diferente. Eu amei!
E a sensação ao chegar do outro lado… É incomparável! A beleza da paisagem parece que torna os efeitos do exercício ainda mais profundos, dá uma alegria que eu não sei nem por em palavras! Hahaha! É, como disse no começo, algo que vou me lembrar pro resto da vida. 🙂
Da Golden Gate até Sausalito
De lá até Sausalito são mais uns 15 minutos de bike, com algumas descidas deliciosas. E algumas subidas um pouco tensas também hahaha mas tudo bem, ninguém vai julgar se você descer da bike e subir a pé. Nessas horas ajudaria muito ter a bicicleta elétrica, confesso! Mas se você estiver com orçamento apertado, acho que não vale a pena o custo pra um ou outro trecho de subida.
Vai ser fácil perceber que você chegou a Sausalito. A estrada quase isolada dá lugar a lojas coloridas, restaurantes, turistas e… muitas bicicletas! Hahaha! Fique atento à sinalização de onde é permitido “estacionar” sua bike – há locais proibidos e outros que são pagos. Onde parei, e recomendo, foi logo na entrada do ferry. Tem um estacionamento gratuito de bikes, basta usar a trava fornecida pela própria loja onde você retirou.
Aproveitei pra conferir o horário de saída dos ferries e programar o tempo pro almoço. Seguindo a recomendação do Foursquare, fui no Scoma’s, restaurante de frutos do mar que também tem uma unidade em San Francisco. Comi um peixe delicioso com vista pra baía e fui muito bem atendida – recomendo! Se tiver tempo, finalize com o sorvetinho na Lappert’s, a mais gostosa (e concorrida) da cidade. Mas se der pra encarar a fila, vale!

O retorno de ferry até San Francisco
Estava apreensiva em relação ao retorno de ferry, com as bikes e tudo, mas é tranquilo. Vai ter tanta gente fazendo a mesma coisa que você que é só seguir o fluxo! E nossa, nunca vi tanta bike junta na vida, juro! As bikes ficam todas amontoadas no andar de baixo do ferry, onde também há uma cafeteria, e os passageiros podem se espalhar por mais dois andares, com partes abertas e fechadas. Dá pra comprar tickets na máquina antes de embarcar, mas a própria loja de bikes já tinha fornecido pra gente (deve ser comum, pra poupar o cliente de filas).
A travessia leva uns 20 minutos e é bem tranquila. Como nós chegamos quase na hora de saída do ferry, não conseguimos nos sentar na parte de dentro, e estava muito frio pra brasileiros do lado de fora. Hahaha! Essa foi a única parte do passeio que lamentei por não estar com um casaco mais quentinho, então fica aí a dica: em San Francisco, sempre vale a pena ter um bom casaco na mochila! Esfria demais ao cair do dia.

A essa altura, já era umas 17h, sendo que começamos o passeio às 11h. Lembra quando falei que o caminho direto levava só 49 minutos? Hehehe! Claro que, como estávamos trabalhando pro escritório de turismo de San Francisco, paramos muito mais que o normal pra fazer fotos. Mas, mesmo assim, recomendo não marcar outro passeio no mesmo dia, pra você pedalar com calma e se dar o luxo de descansar depois. Porque é lindo, mas cansa!
Tentei dar o máximo de detalhes pra tirar suas as dúvidas sobre o passeio, mas fique à vontade pra perguntar se faltou alguma informação. E, se você não estiver decidido ainda, só digo uma coisa: vá! Atravessar a Golden Gate Bridge de bicicleta foi, de longe, a coisa mais legal que já fiz na cidade. E rendeu todas essas fotos lindas, feitas pelo partner in crime Paulo del Valle. 🙂
No próximo post, conto sobre outra experiência bacana – e bem diferente! – que tivemos nessa viagem: o Museum of Ice Cream! E, se você quiser saber mais sobre a cidade em geral (principais passeios e restaurantes), confira o guia do blog sobre San Francisco.
*Raíra Venturieri viajou em parceria com o San Francisco Travel e a Sete Mares Turismo.
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