Depois de conhecer Puerto Varas, partimos para uma expedição a um destino muito menos explorado na Região dos Lagos: Llanada Grande. Trata-se de uma zona rural, na qual alguns lodges nas fazendas oferecem a experiência de dormir, comer (bem!), fazer trilhas, navegar e pescar em locais super preservados e desertos. Cenário de sonho!
A estrada até Llanada Grande
Quem nos levou até lá foi a Andrea, dona da Katarata – umas das poucas agências credenciadas à Go Chile que exploram a região. A viagem de Puerto Varas até lá já é uma experiência em si, com paisagens cênicas! Passamos por lagos, vulcões, florestas e um trecho de balsa. A road trip toda durou cerca de 2h30.
É possível alugar um carro e fazer esse roteiro por conta própria, mas eu não recomendo. A internet é bem escassa na região, e mesmo se você tiver um bom pacote de roaming no celular, é provável que não tenha sinal por ali. Isso somado à pouca sinalização na estrada faz valer muito a pena contratar um guia, que tem o expertise pra road trip e também conhece os melhores lodges, trilhas, barqueiros e locais de pesca.
O caminho que fizemos até lá começou margeando o lago Llanquihue, com direito a travessia de balsa. O acompanhamento de um guia é importante nesse momento também, porque ele sabe os horários exatos da balsa e está sempre em contato com outros prestadores na região. Como a área até Llanada Grande é pouco explorada pelo turismo, é difícil achar informações precisas na internet. Quando até o Google Maps não localiza…
Minha parte favorita foi justamente a travessia de balsa, feita no lago Tagua Tagua. O dia estava lindíssimo, o que acaba afetando a cor da água, que fica mais azul ainda. Diretamente da balsa, pudemos ver uma cachoeira desaguando sobre o lago.
A acomodação no lodge
Quando chegamos ao nosso lodge (haja estrada de terra!), fomos recebidos com quitutes e um almoço caseiro delicioso. Nossa hospedagem foi no Llanada Grande Lodge, mas isso pode variar de acordo com a disponibilidade dos lodges na região. O guia contratado para fazer essa expedição cuida de tudo. 🙂
A melhor parte da nossa acomodação (além dos quitutes!) era que tínhamos vista pra uma cachoeira na serra. Bem ali, da nossa janela! Aproveitamos a primeira tarde lá para fazer uma trilha até a cachoeira, que eles chamam de Salto. É uma caminhada de uns 40 minutos por dentro de uma fazenda e não há outros turistas por ali. Por isso reforço a importância de ter um guia, que sabe os caminhos e segredos dessa região tão pouco explorada. Gosto assim!
Amei a experiência de hospedagem no lodge, com jeitinho de casa de campo e serviço super atencioso. Apesar da estrutura ser simples se comparada a hotéis de luxo, não pense que é uma aventura barata. Por ali, o luxo é ter a oportunidade de explorar uma região com raros turistas, com o conforto de uma boa acomodação e de ter pessoas cuidando de cada detalhe pra você.
O pacote de 4 dias com hospedagem, alimentação e passeios custa U$1.200 por pessoa (cerca de R$ 4.600). Se você optar pelo programa de pesca esportiva, sobe para U$1.500 (R$ 5.700). O hóspede não precisa se preocupar com nada durante a estadia – até os vinhos chilenos estão inclusos no valor.
Infelizmente, não tivemos quatro dias para explorar a região. Mas, ainda assim, fiquei muito feliz com a experiências que a Andrea organizou pra gente! No próximo post, vou contar sobre a trilha mais linda da vida que fizemos por ali. Foram 7 horas alternando caminhadas com trechos de barco por lagos com água transparente. Clique aqui pra ler sobre essa experiência. 🙂
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Raira Venturieri viajou em parceria com o Chile Travel, escritório de turismo do Chile
