Não à toa, deixei para o último dia a maior descoberta que fiz na África do Sul. Ela atende pelo nome de Hermanus, uma cidade litorânea que fica a 120 km da Cidade do Cabo. A orla é incrível: uma espécie de calçadão-trilha foi construído nos penhascos ao redor da praia, em um caminho repleto de flores e mirantes. Dos pontos mais altos, vê-se muito além do azul do mar. Entre junho e novembro, Hermanus é um dos melhores lugares do mundo para ver baleias a partir da orla. Pelo menos é o que dizem por lá, e eu não duvido. Em setembro, quando fui, bastavam alguns minutos sentada em frente ao oceano para ver jatinhos de água jorrando no horizonte, silhuetas de rabos ao longe e, vira-e-mexe, até uma baleia inteira pulando pra fora à distância. Não falei? Incrível.

Ao longo desse calçadão, há painéis explicativos sobre as diferentes espécies de baleia que passam por ali, sendo que a mais comum é a gigante Southern Right Whale. Nas lojinhas para turistas, miniaturas do animal competem pela liderança de vendas com os binóculos. As baleias conseguem chegar a poucos metros da praia, devido à profundidade da água, mas só com o binóculo é possível vê-las com mais detalhe. Isto é, se você quiser ficar em terra firme.


Se admirar as baleias de longe não for suficiente, você pode fazer um passeio para chegar bem pertinho delas. Mas não pode ter medo, porque é pertiinho mesmo – elas chegam a encostar no barco! Eu já tinha “visitado” baleias no litoral da Bahia, e mesmo assim não esperava me aproximar de animais em tanta quantidade e tão indiferentes à presença humana. Os únicos bichos que pareceram se importar com a intromissão do nosso barco foram os golfinhos, bem felizes em ter alguém pra seguir por um tempo. Eles eram mais branquinhos que os golfinhos brasileiros (talvez pelo frio?), mas igualmente fofos. Ah, sim, o frio. O mar é dolorosamente gelado, então seja perto ou longe das baleias, é mais confortável ficar sequinho do lado de fora.




Se você for bem corajoso e encarar um mergulho (na praia, não em alto mar!), vai ser pelo menos uma experiência energizante. Eu não encarei. Em vez disso, me refresquei na piscina da Birkenhead House, outro hotel de sonho que conheci nessa viagem. Trata-se de um casarão lindo, da mesma rede de hotéis do La Residence (que comentei no post sobre as vinícolas da Africa do Sul), a The Royal Portfolio.
Se o La Residence tinha vista para as vinícolas, o Birkenhead tem uma sacada-deck deliciosa voltada pro mar, no alto do penhasco. Nem todos os quartos têm a vista panorâmica, mas eles compensam em tamanho e conforto. Para mimar os hóspedes, os funcionários podem preparar o café da manhã ou uma refeição nessa parte externa, criando um ambiente lindo. Na minha visita, havia um casal em lua-de-mel, e eu só conseguia pensar em como eles tinham sorte de estar juntos naquele lugar! A diária parte de 3.030 rands, ou R$ 680, por pessoa em acomodação dupla.




Para completar sua visita à Hermanus, não se esqueça de visitar a Creation Wines, que comentei no post sobre Franschhoek . A vinícola fica em um campo muito bonito, e a degustação é feita em uma casa envidraçada super moderna. Um jeito digno de comemorar o fim dessa viagem incrível 🙂
*Todos os posts sobre a África são resultado de uma viagem de imprensa realizada em parceria com a Nicky Arthur PR e a South African Airways.