A proposta é infalível: acomodações bem equipadas, serviços e alimentação de primeira e área ambiental protegida, com centenas de animais acostumados à presença de jipes. Existem dezenas de hotéis-safári na África do Sul, alguns dentro de reservas nacionais, outros com suas próprias savanas particulares, os chamados private game reserves. Se, por um lado, ocupam uma área menor e com menos animais, por outro, os safáris particulares têm maior controle sobre quantos bichos têm e onde eles ficam. No Gondwana Game Reserve, sobre o qual escrevi aqui, os guias conheciam os animais pelo nome até! Own.
O Gondwana, além de ser um espaço privativo, tem a vantagem de ficar pertinho da Cidade do Cabo – ideal para quem tem poucos dias no país e não quer fazer deslocamentos aéreos a partir da capital turística. Isso porque a maioria dos safáris fica no nordeste do país, perto de outra metrópole, Johannesburgo – a 1.400 km da Cidade do Cabo, imagine só. Porém, é lá que ficam as grandes reservas nacionais, como o Kruger National Park, a maior e mais antiga área de conservação sul-africana, com 20.000 km².
Nas proximidades de Johannesburgo fica também outro grande parque, a Madikwe Game Reserve, bem na fronteira com a Botswana. A reserva orgulha-se de abrigar muitos exemplares dos “big five”, os cinco grandes animais mais procurados por quem visita as savanas: leão, elefante, búfalo, leopardo e rinoceronte. De fato, lá foi o único lugar que avistei rinocerontes, animais raros e ameaçados de extinção. Escrevi sobre eles e sobre o World Rhino Day quando estive na reserva, neste post.

Em Madikwe, tive o privilégio de me hospedar no Jaci’s Lodges, um típico hotel-safári de luxo. A hospedagem é dividida em duas alas: o Safári Lodge, com acomodações térreas cercadas de cervos e animais fofinhos; e o Tree Lodge, meu favorito, com casas na árvore super românticas ligadas por pontes de madeira rústica. Ao contrário de lodges mais opulentos (há muitos na África do Sul que exageram), o Jaci’s tem atmosfera mais simples e natureba – os quartos não têm telefone, muito menos TV.
O único método de comunicação com o mundo externo à cabana – que inclui os lounges de uso comum – é uma enorme buzina, que imagino que seja usada caso algum animal selvagem se aproxime demais. Há cercas que separam a área dos lodges da savana (não há perigo de trombar com um leão, por exemplo), mas cervos, macacos e pequenos mamíferos vivem numa boa nos dois lados da divisão. E eu não gostaria de encontrar um bambi enorme bem na porta da meu quarto! Por sorte, precisei desviar apenas de alguns sapinhos, nada muito traumático.


A rotina no Jaci’s Lodges, assim como em qualquer hotel-safári, é composta por game drives – os passeios de jipes para avistar animais -, refeições caprichadas (que podem incluir iguarias como jacaré e língua de búfalo) e tempo de sobra para curtir a natureza e as paisagens dos arredores. Mas melhor que falar, é mostrar:




Se você vai pro Jaci’s ou qualquer safári nas proximidades, é justo que você conheça melhor Johannesburgo, maior cidade do país e palco dos grandes acontecimentos na luta contra o Apartheid. Leia tudo sobre Johannesburgo neste post!
*Todos os posts sobre a África são resultado de uma viagem de imprensa realizada em parceria com a Nicky Arthur PR e a South African Airways.